Fim
chora sereno o coração de poeta sua indecifrável tristeza.
As nuvens parecem enxugar a dor do infinito negro azulado,
enquanto as letras banham-se na cristalina água do desconhecido.
Enquanto a lua confidente asculta o âmago nublado da morada estrelar,
as linhas sugam a essência da alma em desespero solitário.
Os trêmulos trovões descrevem a pauta febril da noite,
enquanto o menestrel convulsivo escreve o verso esquecido
[nos recônditos do ser.
[nos recônditos do ser.
Enquanto a noite vive eterna nas lágrimas do trovador,
este afoga-se na aurora do domingo.