sábado, 29 de janeiro de 2011

Inevitável

“...porque a gente nunca sabe de quem vai gostar.”

Não plantei, nasceu.
Não esperei, chegou.
Sequer recebi, desapareceu.

Sobrou-me o esconderijo azul celeste
e o morto arquivo
de suas cartas,
de meus sonhos,
de nossos planos.

Preciso, agora, acender pirilampos
para apagar suas digitais,
nossas poesias
e meus ideais.

Resta-me calar o inconcebível,
aceitar o destino
e matar a esperança.

                                                            Escrito em 12/11/2008, quando o amor romântico era busca.

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