domingo, 25 de outubro de 2009

Reescrita


Quando me vejo, me reconheço.
Quando me reconheço, me descubro.
Quando me descubro, desenho-me
em situações, em falas,
em olhos, em expressões
do outro, do tempo;
em expressões minhas:
inteiras e intensas.
Monto parte do quebra-cabeça
e me alegro com a vitória
de Deus, do outro, do tempo...
Minha vitória!
Vitória sobre os olhos,
as expressões e as expectativas
do outro e do mundo.
Minhas expectativas!
Verdes são meus olhos,
amarelos os do outro!
Branco é o tempo
e azul o presente!
O futuro não é só uma imaginação
das possibilidades realizáveis,
mas a esperança propulsora
para o eterno recomeçar.

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