quinta-feira, 22 de outubro de 2009


Testamento

As letras perderam sua cor no esmaecer da tela.
A melodia se calou no eco do olhar.
O bolor do ostracismo corroeu os envelopes e seus conteúdos.
Com a sépia do hoje, a fotografia da estante desapareceu
e os encartes dedicados foram maculados pelas lágrimas da saudade.
Na caixinha azul da gaveta da memória,
jaz uma rosa embalsamada.

2 comentários:

Carlinha Lacerda disse...

Lindo lindo lindo!! Fantastico, como tu!

Ceiçaa... disse...

Amêi' ^^